quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O que nos move.

Texto que postei como colaborador no blog da Lanier: http://meiocancaomeiopoesia.blogspot.com/ Vale a pena conferir o blog.


Certamente, você já se pegou a questionar-se na vã tentativa de obter respostas para resolver boa parte de suas angústias. Naturalmente, somos levados a imaginar e projetar nossa vida para algo sempre mais satisfatório do que vivemos no atual momento. Seja financeiramente ou amorosamente, nos negócios ou nas relações pessoais, sempre padecemos na realidade e o hoje é sempre aquém de nossas expectativas.

De fato, a ânsia de progresso é inerente à nossa condição humana. Isso não é e nunca será um problema. Não há nada de reprovável nisso. A falha decorre justamente da visão distorcida daquilo que consideramos progredir. Se não estamos progredindo, há algo errado. Primeiramente, é preciso sabermos: O que nos move?

O que nos move fazer novas coisas, a conquistar novos horizontes, a progredir em seus projetos? O que nos motiva a acordar todos os dias, em meio à rotina que nos cerca e tentar fazer algo que realmente valha a pena? Conquistar alguém? Ter sucesso financeiro e profissional? Ser feliz? Amar e ser amado? O que nos move?

Inúmeras vontades nos circundam, nos abraçam, nos exprimem. No entanto, será mesmo que nossas aspirações de conseguir um cargo novo, ou até um emprego são capazes de coexistir com a realidade? Será que nossos desejos de conhecer alguém especial, quando analisados sob a perspectiva das probabilidades, realmente podem dar certo? O que realmente é plausível de sucesso? Quais nossas atitudes em relação aos desejos? O que costumamos fazer com nossos sonhos?

Diuturnamente somos levados a crer que uma pessoa sem sonhos, é uma pessoa sem vida. Mas olhe ao seu redor? Quantas pessoas você conhece que viva de sonhos? ... Ninguém, absolutamente ninguém vive de sonhos. Nem o dono da padaria vive de sonhos, ora! Rs. E longe de mim descuidar-me dos sonhos ou desacreditá-los sobre seus desejos. O problema, como disse anteriormente, reside na perspectiva que você vê os sonhos. Pois nem mesmo o dicionário acredita nos sonhos. Duvida? Veja isso: "2. [Figurado] Utopia; imaginação sem fundamento; fantasia; devaneio; ilusão; felicidade; que dura pouco; esperanças vãs;ideias quiméricas".

Agora me diga realmente, quais dessas definições comunicam à realidade? É concebível então viver de sonhos? Não! Porque sonhos não são reais. Uma vez que vivamos apenas de sonhos, eles jamais se tornarão realidade. Os sonhos necessitam ser externados, transformados em realidade! Deixe de pensar em como poderá ser, e faça tudo ser perfeitamente do jeito que você anseia! Saber diferenciar entre: viver de sonhos e viver os sonhos, é o segredo da felicidade de milhares de pessoas.

Existe um provérbio que define o conceito de insanidade como fazer as mesmas coisas e esperar sempre resultados diferentes. Somos completamente transtornados de acreditar que só sonhar é o suficiente! Não quer dizer que não possamos sonhar, os sonhos devem e precisam existir. Mas eles foram criados para serem vividos enquanto descansamos. Pois quando estivermos acordados e dispostos, chega a hora de começar a realizá-los. Você sonha? Ótimo! Mas como você se empenha para realizá-los? Ou será que ainda está descansando e sonhando acordado?

Quando buscamos realizar nossos desejos, quando os projetamos para o mundo externo, eles começam a tomar forma. Quando eu decido trabalhar melhor para conquistar uma promoção, ou estudar para ter mais qualificação, eu coloco em prática aquilo que sonhei. Quando eu deixo de sonhar com a pessoa amada e passo a tentar conquistá-la, estou transformando meus projetos em sonhos.

Os sonhos foram feitos para serem alcançados. Contudo, só alcançamos aquilo que é real. Implica dizer que para alcançarmos, devem deixar de ser sonhos. É como todos os processos naturais da vida. Sonhar, é apenas uma fase do processo. É a gestação da felicidade, é a fase embrionária da realização. Ninguém e nada existe sem ser gerado, assim como não é possível alcançar as fases prontas e acabadas, sem concluirmos etapas.

Portanto, novamente somos questionados: O que nos move? Pelo que acordamos todos os dias e tentamos fazer algo diferente? É a busca dos sonhos? Ou é a busca da realidade?


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